Prefeitura vai usar software para monitorar caçambas de entulhos
A Semadur (Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Gestão Urbana) vai monitorar, a partir de setembro, todas as caçambas utilizadas para descarte de entulhos da construção civil em Campo Grande. O trabalho vai ser feito com o uso de software, que registrarás os dados de origem dos resíduos, a localização das estruturas para evitar problemas de trânsito, além de ajudar a verificar se o descarte foi apropriado.
Para o titular da secretaria, Luiz Eduardo Costa, "ficará difícil ser clandestino". Isso porque o uso da tecnologia possibilitará identificar e acompanhar todo o caminho do entulho até o seu envio aos aterros credenciados para dar-lhes o devido fim. "Hoje temos 5 mil caçambas".
Esse modelo de monitoramento, conforme o secretário, foi implementado em pelos menos 20 municípios brasileiros. Na prática, o emissor de resíduos terá seus dados incluídos em um formulário eletrônico e a caçamba passará por fiscalização do órgão de trânsito que vai verificar sua regularidade e disposição para não atrapalhe o tráfego de veículos e pedestres.
Todo o processo será finalizado quando da chegada e entrega do material no aterro de entulhos. As empresas licenciadas para recebimento dos itens, inclusive, possibilitaram a aquisição da tecnologia por meio de um termo de cooperação com a prefeitura da Capital.
Saiba o que fazer com o entulho
Caso a obra seja de pequeno porte e gere menos de 50 quilos, o munícipe pode acondicioná-los em sacos de ráfia e colocá-los normalmente à disposição da coleta domiciliar.
Se ultrapassar o limite de 50 quilos, mas não ultrapassar 1m³, o equivalente a uma caixa d’água de 1000 litros, este resíduo pode ser entregue no Ecoponto mais próximo da residência, gratuitamente.
Mas se a construção ou obra for de porte maior e ultrapassar o volume mencionado acima, o responsável é obrigado a contratar serviços de empresas de caçambas. É de suma importância que a firma contratada esteja autorizada pelo Departamento de Limpeza Urbana (Limpurb). No site www.limpurb.sp.gov.br ou no telefone 156 o munícipe pode averiguar quais estão aptas para o recolhimento do seu entulho. Estando listada, é garantido que este material terá destinação correta, evitando que haja o surgimento de novos pontos irregulares de despejo de entulhos. As empresas que estão cadastradas são obrigadas a descartarem o resíduo em aterros de inertes próprios para esse fim.
O cidadão deve estar atento a outros detalhes. Caso esses contêineres estiverem dispostos de maneira errada, ele pode ser recolhido da via, sendo que a empresa pagará multas por isso. Além disso, se fiscais do Limpurb requererem informações sobre a empresa e o contratante se negar a passá-las quem recebe as sanções é o munícipe.
São as principais regras das quais o munícipe deve atentar:
- A caçamba deve ficar em frente à construção longitudinalmente de 30 a 50 cm do meio fio, para que haja o escoamento das águas pluviais; - Em espaços onde se requer o uso de Zona Azul, o prestador de serviços deverá pedir autorização para o Departamento de Operação do Sistema Viário – DSV. - O período máximo de permanência no local é de 72 horas corridas; - Ter identificação da empresa prestadora de serviços, números dos telefones disponíveis para emergência, telefone da central de atendimento da Prefeitura e o número de ordem que as individualize e diferencie de qualquer outra caçamba da mesma firma; - Possuir películas reflexivas para visualização noturna.
Estão proibidas:
- Caçambas estacionadas em vias com largura inferior a 5,80m; - A colocação nas esquinas e a 10 metros do bordo do alinhamento da via transversal; - Em locais de proibição de estacionamento e paradas de veículos; - Em pontos de paradas de táxi, ônibus, caminhões, farmácias, deficientes físicos e outros; - Próximos a caixas de correios, hidrantes, telefones públicos e outros; - Nos trechos de pistas em curvas, onde não se avista a caçamba a, pelo menos, 40 metros de distância; - Caçambas estacionadas em cima das calçadas.