motoristas de caçambas descartando entulho na rua
Motoristas responsáveis por caçambas de lixo despejam entulho em ruas consideradas “pontos viciados de descarte” em São Paulo.
Segundo a Prefeitura, a capital paulista tem três mil pontos e gasta cerca de R$ 100 milhões por ano para retirar o lixo descartado irregularmente.
Imagens do Bom Dia São Paulo mostram dois caçambeiros jogando entulho na Rua Presidente Pinto Lima, travessa da Avenida do Estado, na Mooca, Zona Leste da capital, onde carros passam de dia, mas quase não há trafego à noite.
Na gravação, os caçambeiros chegam juntos, manobram, viram a caçamba, despejam o lixo em 20 segundos e aceleram. Meia hora depois, os mesmos caçambeiros já estão carregados novamente e circulando pelo bairro. Minutos depois eles voltam ao local de descarte irregular e jogam mais lixo. No dia seguinte, uma retroescavadeira e quatro caminhões da Prefeitura vão limpar a rua.
A equipe do Bom Dia São Paulo localizou os dois caçambeiros e telefonou para os números de telefone que apareciam nas caçambas. Um deles atendeu e afirmou, sem saber que estava sendo gravado, que cobra cerca de R$ 260 para retirar entulhos e que faz o descarte correto.
O dono de uma das caçambas flagradas afirmou que tem “outros motoristas que trabalham para ele e que vai procurar saber quem foi o responsável por jogar entulho”.
Na manhã desta quarta-feira (16), a Prefeitura realizou uma operação para flagrar despejo irregular. Vinte fiscais municipais são responsáveis por combater o crime ambiental na cidade.
Segundo o secretário municipal de Serviços, Simão Pedro, a Prefeitura instalou câmeras de segurança nos locais considerados “pontos viciados”, mas elas foram quebradas. Agora, a secretaria estuda implantar um sistema eletrônico para controlar o transporte de entulho.
“A empresa recebe uma senha, ela vai na internet e fala vou colocar uma caçamba na rua tal, no número tal, essa caçamba tem autorização pra ficar três dias, depois a empresa tem mais dois dias pra levar até o aterro, depois que o aterro recebeu, tem que comunicar a Empresa Municipal de Limpeza Urbana (Emlurb). Com isso, nós vamos perceber facilmente agora, se aquele resíduo produziu, contratou uma empresa ele foi de fato jogado num aterro”, disse o secretário.